Os alunos gostam de ouvir histórias.
Os alunos gostam de ler histórias.
E de criar histórias?
Ao longo do 1º período, foi lançado o desafio de criação de histórias originais, aos alunos do 4º ano.
Um grupo aderiu ao desafio, começou a escrever e apresentou algumas histórias interessantes.
Aqui ficam as duas vencedoras do desafio.
O Natal do Bruno
Num fim-de-semana de Dezembro, um rapaz chamado Bruno estava a dar um passeio pela rua quando viu algumas pessoas a fazer as suas últimas compras de Natal.
No início ficou triste, porque no Natal não recebe qualquer presente e foi-se embora porque já não conseguia aguentar ver presentes de Natal.
Na verdade, ele não vivia numa casa com a sua família, mas sim numa instituição.
O Bruno tinha a esperança de um dia vir a ser adoptado.
Às vezes, ele pensava que isso nunca iria acontecer devido a raramente alguém visitar aquela instituição.
Era véspera de Natal e chamaram o Bruno porque estava lá um casal que o queria ver.
Quando se aproximou, viu um homem e uma mulher que supostamente o queriam adoptar.
Era verdade… eles iam adoptá-lo!
O Bruno sentiu-se muito feliz. Finalmente ia ser adoptado por um casal!
Mandaram-no entrar num carro onde também entrou o casal. Supostamente aquele carro pertencia-lhes.
Deslocaram-se durante algum tempo até que chegaram a uma grande mansão.
Entraram e ele viu que a casa era muito espaçosa e tinha vários compartimentos: duas casas de banho, quatro quartos, duas salas, duas cozinhas e uma piscina com água quente.
Ficou emocionado. Aquilo era mais do que ele queria!
Já era noite, o Bruno tinha jantado e os seus pais adoptivos perguntaram-lhe o que queria receber no Natal. Claro que ele já sabia que o Pai Natal não existia.
O Bruno respondeu que gostaria de receber um avião telecomandado porque era o brinquedo que mais desejava.
Estava a dormir no seu novo quarto, quando os seus pais o acordaram e disseram que era dia de Natal.
Saltou da cama a correr, sem pensar duas vezes o que estava a fazer. Chegou à sala e não viu qualquer presente. Olhou para trás e viu que o presente estava nas mãos da sua mãe.
Mudou de direcção para ir buscar o presente com que tanto sonhou.
Era o seu primeiro presente de Natal!
O Bruno abriu o presente e viu que era o avião telecomandado que tanto queria.
Ele estava verdadeiramente feliz. Primeiro ser adoptado, segundo por viver numa casa tão grande e terceiro por receber o brinquedo que mais queria.
No dia seguinte, foi para outra escola onde fez novos amigos.
Passados alguns anos, casou e vivia muito feliz com a sua esposa, só havia um problema, não tinham nenhum filho.
Um dia, muito triste, o Bruno teve uma belíssima ideia. E se ele e a sua mulher fossem à instituição onde o Bruno cresceu e adoptassem uma criança?
Foram os dois à instituição e adoptaram uma criança.
De regresso a casa, o Bruno recordou-se das perguntas que os seus pais adoptivos lhe tinham feito no dia em que fora adoptado, para também ele as fazer ao seu filho e, durante muitos anos viveram juntos e muito felizes!
João Francisco Tavares, 9 anos
EB1 de S. Sebastião
O encontro da Mel
Um dia, uma família decidiu ir a uma feira rural. Quando lá chegaram viram muitos animais (porcas com filhos, patos, um canguru, bois, vacas, cavalos…), até que o Daniel, o filho mais novo, viu passar uma senhora com dois cães e disse:
- Mãe, olha ali dois cães!
Quando a sra. Fernanda, mãe do menino, viu os cachorrinhos, chamou o marido, o sr. José, porque o filho mais novo há muito tempo lhes tinha pedido um cãozito.
O pai percebeu o que se estava a passar e chamou a Clara, a filha mais velha, para irem atrás dos cães.
Quando chegaram ao pé da senhora que tinha os cães, perguntaram-lhe:
- Onde é que foi buscar os cães?
- Estão a dá-los naquela barraquinha branca, lá ao fundo. – respondeu ela.
- Obrigado. – agradeceu o Sr. José.
Lá foram eles a correr, à procura da barraquinha. Quando a encontraram, viram logo um cãozinho. Pegaram-lhe logo e perguntaram à senhora que lá estava:
- Podemos levar este cãozinho?
- Claro, mas têm que tratar bem dele. - informou ela.
- Está bem, nós tratamos bem dele. – disse o Sr. José que levou o cãozinho ao colo.
Tiveram sorte porque era o último cão que a senhora tinha e naquele momento apareceu lá um menino que também queria um, mas já não havia. A senhora disse-lhe que mais tarde ia buscar mais cães que tinha em casa.
De seguida, a família regressou a casa.
Pararam no supermercado e foram comprar duas tacinhas, uma para meter o leite e a outra para a ração.
Quando chegaram a casa, soltaram o cãozinho na relva, mas como ele ainda estava um bocadinho assustado, não parava de latir. Deixaram-no andar à vontade até acalmar.
Mais tarde, começaram a dar-lhe banho e descobriram que não era um cãozinho, era uma cadelinha e tiveram muitas ideias para nome, tais como Fofinha, Chocolate, … mas nenhum era adequado. Decidiram chamar-lhe Mel.
Quando começou a anoitecer, o Sr. José meteu a cadelinha na casota mas, durante algumas noites, ela continuava a latir com saudades da mãe, mas depois habituou-se e não latiu mais durante a noite.
Um dia o sr. José e o Daniel fizeram-lhe uma casota muito grande no quintal e ela ficou mais abrigada do frio.
Passado algum tempo, quando eles a soltavam, ela só queria morder as pernas deles porque ainda era uma cadelinha e queria brincar.
Era uma cadelita muito brincalhona e passado mais ou menos mês e meio, começaram a cair-lhe os dentinhos e a nascer uns mais fortes.
O sr. José ainda não queria que ela tivesse filhinhos, porque o pai dos cachorrinhos não podia ser com um cão muito grande e também porque ainda não tinham arranjado nenhum cachorro para a engravidar.
Ela era uma cadela de caça e quando a soltavam ia logo a correr para o fundo do quintal.
Daí em diante, aquela família começou a gostar cada vez mais da Mel.
Mariana Meneses Saraiva - 9 anos
Escola E.B.1 de S. Sebastião
Gostei muito da história do João... Muito boa mesmo.
ResponderEliminarQuanto à história da Mariana... Tenho um palpite... Aposto que a Mariana gosto muito de cães :)
É sempre bom e gratificante ver trabalhos feitos pelos nossos filhos. Parabéns para o João e para a Mariana... Continuem a alcançar o objectivo dos desfios lançados pela profª Augusta. Na minha opinião estes desafios vão trazer-vos frutos no futuro.
ResponderEliminar