À descoberta
do mundo subaquático
Numa
manhã de verão, um rapaz chamado Carlos estava em casa sem nada fazer. A mãe
sugeriu-lhe uma visita ao Oceanário e à praia para ver as ondas redondas do
mar.
Só
que o carro estava sem gasolina, as bicicletas estavam estragadas e a mota sem
óleo. Que mais podia acontecer! Resolveram apanhar um autocarro.
Quando
chegaram à praia, estenderam as toalhas e ficaram a apreciar a paisagem. A maré
estava baixa, viram conchas de vários feitios e cores, estrelas-do-mar, as gaivotas
voavam como loucas à volta dos barcos de pesca, o farol erguia-se na ponta do
cabo…De repente a mãe perguntou:
-
Ó Carlos, ainda queres ir ao Oceanário?
-Claro
que sim!
Arrumaram
as toalhas, sacudiram a areia, alugaram uma bicicleta de dois lugares e
seguiram o seu caminho.
À
chegada, o Carlos encontrou a sua grande amiga, a Cláudia. Esta, mal o viu,
estendeu a sua mão.
De mão dada, foram conhecer animais, o modo de vida dos
mais desconhecidos, viram algumas plantas existentes nos oceanos e ficaram a saber
que o ser humano deve proteger a vida marítima.
Depois
da visita ao Oceanário, os dois amigos voltaram à praia e foram brincar. Enquanto
chapinhavam na água, viram uma linda sereia, de cauda azul, que cantava
maravilhosamente. Sem medo, aproximaram-se dela, cumprimentaram-na e
conversaram. Ela chamava-se Constança. As crianças ficaram curiosas, queriam
conhecer melhor o misterioso mundo dela.
A
sereia levou-os à descoberta das profundezas do mar. Foram conhecer animais,
tais como golfinhos muito brincalhões, os amigos: o Peixe, o Polvo e o Caranguejo
que viviam com ela numa gruta muito bonita, coberta de corais coloridos, conchas,
algas onde se escondiam peixes palhaços e outros peixes muito pequeninos. Na
entrada da gruta, estavam dois cavalos-marinhos, em sentido, de guarda,
acompanhados por duas medusas.
Enquanto
passeavam, a Constança avistou uma gruta. Ela queria entrar, mas as duas
crianças aconselharam-na a deixar a gruta, pois não faziam ideia do que lá
poderia estar. Curiosa, decidiu arriscar…
Ouviu
ruídos estranhos e, de repente, ficou rodeada por cinco tubarões furiosos pela
invasão do seu território. Com medo, a sereia tentou sair devagar, mas os
tubarões alcançaram-na e fizeram-na prisioneira. Só a soltavam em troca de
vinte pérolas. Ela prometeu-lhes um colar de pérolas que tinha guardado na sua
casa.
Assim
foi! Dois tubarões escoltaram a sereia até à gruta, ela foi buscar o colar e
entregou-o. Satisfeitos, os tubarões seguiram o seu caminho, deixando a sereia
e os seus companheiros em paz.
O
Carlos e a Cláudia despediram-se dos seus novos amigos e foram embora.
Nessa
viagem, eles aprenderam a respeitar o mar, a não poluí-lo e a tratar muito bem
dele. Ficaram deslumbrados com a beleza, com a vida e a magia da vida marítima.
Quando
chegaram a casa, contaram aos pais a sua linda aventura, falaram do belo mar
azul cheio de criaturas maravilhosas.
Foi
a melhor descoberta de sempre!